Tropa de Elite 2

Tropa de Elite lançado em 2007, foi sucesso de crítica e público (com a cópia pirata, mais de 11 milhões de brasileiros assistiram ao filme antes de sua estréia nos cinemas, o público que foi conferir o filme nos cinemas foi de 2,5 milhões de espectadores). O filme contava a história da operação organizada pela polícia militar do Rio de Janeiro, para limpar a cidade, devido à vinda do Papa João Paulo II, e executada pelo Batalhão de Operações Especiais (BOPE).

Violento, fascista foi alguns dos títulos recebidos pelo filme em 2007, mas muito mais do que a violência, a obra de José Padilha mostravam os motivos de tantos policiais se tornarem corruptos, afinal naquela época (1997) a polícia estava largada pelas autoridades e não recebia apoio do governo federal, e ter um esquadrão tão determinado como o BOPE, num sistema corrupto e vicioso é de se espantar.

Agora em 2010 o Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, que transformou este personagem em ícone nacional, sai do comando do BOPE, e entra na Secretaria de Segurança Pública. Como Sub-Secretário da Segurança transforma o BOPE em uma "Arma de Guerra", sem perceber que conforme o BOPE cresce, as milícias começam a se fortalecer dentro das favelas, comandadas por policiais corruptos em conjunto com políticos, para garantirem sua candidatura.

Atrelado a isto temos um novo personagem interpretado por Irandhir Santos, um deputado que luta para mudar o sistema carcerário, e é visto por Sub-Secretário Nascimento, o tipo de pessoa que bandidos e criminosos precisam quando fazem "merda", porém Braga como é chamado, é primeiro a perceber o problema das milícias.

Este "Tropa de Elite 2" é superior em muitos quesitos ao seu antecessor de 2007. Primeiro temos um personagem principal decidido e que sabe o poder que ocupa. José Padilha (diretor) e Bráulio Mantovani (roteirista) sabiam exatamente o que fazer e focaram o filme na evolução do personagem de Wagner Moura, o filme em quesitos técnicos, se aproxima das grandes produções norte-americanas, e afinal temos um filme que transita em território minado e constrói um retrato natural-violento do Brasil atual.

O como diz o "Capitão Nascimento" o sistema é (desculpe a palavra) Foda. E é este sistema atual da política brasileira, que precisa ser revisto e mudado.

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