A Origem

Assisti por duas vezes ao novo filme de Christopher Nolan (Batman – O Cavaleiro das Trevas), A Origem, e as duas vezes me surpreendi pela complexa e intrigante trama da obra. O filme apresenta um assunto que continua em profundo mistério para a maioria dos estudiosos, a ciência dos sonhos. Na trama Leonardo Dicaprio, numa atuação excelente, interpreta Dom Cobb, um foragido ladrão de sonhos, ou como no filme “Extrator”, que trabalha para grandes corporações roubando idéias de excutivos no seu estado mais frágil, durante o sono, Cobb entra dentro do sonho da vitima e extrai os segredos, ao lado do “Sonhador” Arthur (Joseph Gordon-Levitt) e do “Arquiteto” Ariadne (Ellen Page) que o ajudam a excutar cada plano, somos levados ao incrivel mundo do sonhos. Porém durante uma extração o empresário Saito, interpretado por Ken Watanabe, treinado para se defender de ladrões iguais a Cobb, desperta e propõe a Cobb uma inserção, que seria ao invés de extrair uma idéia, plantar uma. Arthur diz ser impossivel pois a vitima perceberia que a idéia não vem dela, já Cobb garante ser possivel, mas deve-se ir muito fundo no subconsciente para que a idéia venha a definir a pessoa, se não poderar destruí-la. Como troca Saito promete a Cobb limpar seu nome, frente a justiça norte-americana, já que Cobb encontra-se foragido por ser suspeito na morte de sua mulher, Mal, interpretada pela oscarizada Marion Cotillard, para isso ele seleciona Arthur, Ariadne, que foi indicada pelo seu sogro, personagem de Michael Caine, Eames (Tom Hardy) falsificador e Yusuf (Dileep Rao) químico, para ajuda-ló a plantar, no herdeiro de um império, Robert Fischer (Cillian Murphy) uma idéia, em que o jovem decida dividir seu império, abrindo caminho para a empresa de Saito. Durante o voô de Sydney – Austrália, o grupo terá tempo para conseguir concluir a tarefa, afinal serão 15 horas, o que pode significar mais de 10 anos em estado de sonho, mas durante o primeiro dentre os três estágios, em que o grupo precisará percorrer para inserir a idéia, Arthur descobre que o subconsciente de Robert Fischer é treinado e militarizado, para se defender, e Saito que decide ir junto para ter certeza, de que o serviço será concluído, é baleado, e não pode ser morto e despertar, pois todos estão sob alto efeito de anestesia, e caso alguém morra dentro do sonho, sua mente ficará presa no limbo, espaço vazio e cru, onde Cobb e sua mulher, foram os únicos a penetrar, e até que o efeito da anestesia passe, serão anos preso lá.
A trama é extremamente empolgante, as imagens de Ariadne aprendendo a construir a estrutura dos sonhos, e as lutas de Arthur sem gravidade, se defendendo dos soldados de Robert, são incriveis, mas é na relação de Cobb e sua esposa morta, que reside a grande questão do filme, até onde podemos adentrar o subconsciente de outra pessoa, sem perder a noção de realidade. Lembranças não pode ser usadas para construir sonhos, como diz Cobb à Ariadne, mas a lembrança de sua mulher não para de aparecer e colocar todos em perigo. Uma lembrança que ele tenta é precisa esquecer, para voltar a realidade e seguir em frente.

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